A
cidade de Manaus possui característica única, quem chega pelo rio,
especialmente o negro, vislumbra uma clareira no meio da floresta, que toma
forma e surpreendem os olhos de muitos forasteiros, os mesmos que por sua vez
fizeram desta cidade seu porto, terra de origens indígenas, construída por
ideais binários. Seu legado e fruto da visão cultural do forasteiro europeu
republica extrativista da borracha.
A francesinha dos trópicos como é e foi
conhecida, tem uma relação muito próxima é por sua vez destrutiva com a
natureza que cerca a cidade, a mesma floresta que no passado promoveu o
progresso hoje cobra o preço pelo crescimento desordenado, resultado de
costumes primitivos de eterna província.
Para quem chega, um campo de novas
possibilidades, ou apenas um presente de ilusões aos viajantes que por aqui
passam. Manaus emerge em um exotismo cheio de sarcasmo, onde a infraestrutura
da capital e depreciativa. Marcada principalmente por
períodos econômicos, da era da borracha à modernidade da Zona Franca.
Uma capital de contrastes adaptada a conteúdos
variáveis, onde a natureza elege os limites. Feitas aos poucos a Manaus moderna
segue em busca de identidade, propõe assim um novo tempo para a arquitetura
onde o novo e o antigo se misturam a diversidade cultural.
Enfim um cenário pouco coerente com o
conceito de “urbe” sendo capital de uma província do Império Brasileiro, a
primeira a ter luz e hoje vive a deficiência ou mesmo a inexistência de infraestrutura
básica é esta redundância será colocada à prova.
Manaus dos forasteiros, de belezas naturais
e arquitetônicas abundantes, uma miscelânea de culturas em busca de harmonia,
de lugares singulares que nitidamente foram incorporados, uma remontagem de
mudanças vividas pelo tempo.
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