sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Projeto Arquitetônico

Projeto Arquitetônico

Resolvi fazer esse post porque têm muitas pessoas que ficam em dúvida sobre planta baixa, como interpretar e quais as diferenças entre as plantas, cortes e elevações dos projetos arquitetônicos.

Vamos entender o que é Projeto Arquitetônico?

O projeto arquitetônico é uma das etapas de um projeto de edificações, definido por uma norma brasileira da ABNT, especificamente, a NBR 13.531 e NBR 13.532. Essas normas especificam muito bem o serviço do arquiteto.

O trabalho do arquiteto pode se iniciar já na escolha do terreno para a implantação do projeto, com parecer sobre localização, legislações edílicas e urbanas, aspectos ambientais e topográficos, entre outras, que possibilitem analises preliminares de viabilidade do projeto.

A seguir, existe uma etapa de montagem e aferição de programa preliminar a ser desenvolvido, juntamente com o cliente, e o estudo da legislação incidente no terreno e na edificação.

Com esses dados e a definição do terreno inicia-se a fase do projeto, com as seguintes etapas:

Estudo Preliminar 
Anteprojeto ou Projeto Pré Executivo 
Projeto Legal 
Projeto Básico (opcional) 
Projeto Executivo Final 
Coordenação 


O arquiteto também pode acompanhar a execução da obra através de várias maneiras: desde simplesmente como fiscalizador da execução, até ser responsável por todas etapas da execução, desde a compra do material, até a finalização da obra.

O arquiteto também pode ser contratado para uma etapa seguinte à obra executada, que é o de desenvolvimento do projeto de arquitetura de interiores, que, nas mesmas fases anteriores, aborda todo tratamento e mobiliário do interior da edificação.


Resumindo...

O arquiteto tem o papel de entender as necessidades do seu cliente, transpor isso em desenhos, ou seja o projeto arquitetônico que é o processo pelo qual uma construção é concebida, é depois nada mais natural do que o criador cuidar da execução até o final.

Quais são os desenhos de um Projeto Arquitetônico?

Planta Baixa:  E a representação gráfica de uma construção feito, em geral, a partir do corte horizontal à altura de 1,5m a partir da base. É um diagrama dos relacionamentos entre salas, espaços e outros aspectos físicos em um nível de uma estrutura. 
É a planta de acesso da residência, mais próxima do nível da rua.
Planta de subsolo: Que são plantas que ficam abaixo do nível da rua, podendo ter vários andares de subsolo, como em um shopping, em casas é comum ter apenas um nível de subsolo que geralmente abriga a garagem.
Planta de mezanino: Que são plantas que não chegam a ser consideradas pavimento, como por exemplo, plantas de sótãos ou mezaninos de lojas comerciais com menos de 1/3 da área total da loja, que são áreas não computáveis.
Planta dos demais pavimentos: Que são todas as plantas dos demais andares, 1º, 2º, 3º, etc.
Planta de cobertura: São as plantas que mostram a vista de cima da edificação, qual a inclinação e para que lado caem as águas de um telhado, onde ficam as calhas, os ralos de captação da água das chuvas, se a cobertura é de laje, é de telhado, qual é o tipo de impermeabilização, sombreamento e quais são as cotas da cobertura.
Sempre o que estiver mais forte no desenho é o que esta mais alto, “mais perto do observador” e o que estiver mais claro, com linhas finas e claras é o que está próximo ao nível do térreo.
Implantação: A implantação também é chamada de planta de situação e mostra todo o terreno e o seu entorno imediato (ruas, calçadas, árvores, jardim, etc.) e também com a planta de cobertura em uma escala menor.
A implantação é importante para identificar os acessos dos veículos, pedestres, níveis do terreno, rebaixamento das guias, acesso elétrico, hidráulico e sanitário, vegetação existente, orientação solar, ventos dominantes, limites do lote, etc.
A primeira coisa que se analisa ao dar início a um projeto arquitetônico é a implantação, quais as determinantes do lote, qual a orientação solar e direção dos ventos para projetar as melhores soluções de fachadas e setorização dos ambientes. Assim como a análise das curvas de nível, afastamentos laterais, recuos obrigatórios e todas as condicionantes são analisadas junto à planta de situação para se determinar onde será implantada a residência.
Cortes e elevações: Se as plantas representam o projeto horizontalmente, as elevações e cortes representam o projeto verticalmente.
As elevações são os desenhos das fachadas do edifício, de todas as suas faces, as elevações podem também ser chamadas de vistas, pois não são sessões, cortes, como as plantas e os cortes, são apenas vistas que indicam como é a fachada, quais os revestimentos, quais as aberturas (portas e janelas), o que está mais próximo e o que está mais afastado.
Já os cortes são seções verticais, novamente imagine que passou uma serra elétrica e cortou, digamos, uma casa verticalmente do telhado até o subsolo. Nos cortes se determinam as alturas das portas, janelas, escadas, vigas, pé-direito, forro, laje, etc.

Perspectivas: As perspectivas internas e externas, servem para ilustrar o projeto ao cliente que irá visualizar como ficará o projeto acabado.
Essas perspectivas podem ser croquis, maquetes eletrônicas e até maquetes físicas.

Planta Humanizada:



A planta humanizada é aquela que vem com a representação dos móveis e revestimentos de piso desenhados e coloridos, se for uma planta de casa pode também ter o jardim desenhado.
É uma planta feita para o leigo entender com mais facilidade, é diferente da planta técnica que basicamente é composta por linhas, as plantas baixas humanizadas são mais comerciais, são usadas pelos arquitetos e empresas para explicar melhor o projeto para os clientes.
Não é a mesma planta que vai para a obra, as plantas, cortes e elevações que vão para a execução de obra são técnicas, com detalhamentos que são difíceis para o leigo compreender.
Aproveitando que entramos no assunto vamos falar sobre as fases de projeto, sobre os tipos de plantas, cortes e elevações.



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